Empresas de diversos setores no Brasil enfrentam um déficit significativo de mão de obra qualificada, mesmo com a taxa de desemprego se mantendo em 5,6%, a menor já registrada. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reporta que 62% das indústrias têm dificuldades em contratar profissionais capacitados, refletindo uma preocupação crescente com a capacitação da força de trabalho no país.
A crise de mão de obra é atribuída a fatores como a falta de educação técnica adequada e a alta rotatividade no emprego. Dados mostram que o tempo médio de permanência em cargos caiu 7% entre 2015 e 2024, com mudanças no comportamento dos jovens, que preferem a autonomia do trabalho informal. Instituições de ensino tentam oferecer qualificações voltadas para áreas tecnológicas, mas a transição ainda enfrenta obstáculos significativos.
Com a crescente preferência por trabalho autônomo e a baixa atratividade do emprego formal, especialistas sugerem que as empresas precisam redefinir suas estratégias de recrutamento. O motorista de aplicativo Eduardo Lima de Souza exemplifica essa nova geração que valoriza autonomia, destacando uma mudança de paradigma nas expectativas profissionais. Este cenário evidencia a necessidade urgente de adaptar a formação profissional às demandas do mercado contemporâneo.


