Pequenos e médios empresários do setor de alimentação do Rio de Janeiro manifestaram expectativa e cautela em relação ao decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que moderniza o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). A nova norma limita as taxas cobradas por operadoras de vale-alimentação e refeição, além de promover a interoperabilidade entre bandeiras, o que pode ampliar a concorrência e reduzir custos para os estabelecimentos.
Entretanto, muitos empresários ouvidos expressaram incerteza quanto aos benefícios imediatos da medida. As taxas atuais variam entre 3,5% e 9%, e há receios de que as operadoras compensem a limitação com novas cobranças, como taxas de antecipação de crédito. Apesar da possibilidade de economia, a maioria dos entrevistados revelou não ter planos de repassar os descontos ao consumidor, priorizando a formação de reservas financeiras diante da instabilidade dos custos de insumos.
As reações ao decreto são divididas entre os empresários e entidades do setor. Enquanto a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) critica as alterações, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) elogia a iniciativa, destacando que a nova regulamentação pode estimular a competitividade no mercado. Com previsão de gerar economia de até R$ 7,9 bilhões anuais, a implementação das mudanças será acompanhada de perto pelos empresários e instituições envolvidas.


