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Empresários aguardam mudanças no vale-alimentação com cautela

Fernanda Scano
Tempo: 2 min.

Pequenos e médios empresários do setor de alimentação no Rio de Janeiro receberam com expectativa o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que moderniza o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). A nova legislação limita as taxas cobradas pelas operadoras de vale-alimentação e refeição, além de introduzir a interoperabilidade entre diferentes bandeiras, permitindo mais liberdade de escolha aos comerciantes e trabalhadores.

Entretanto, a reação dos empresários é mista, com muitos expressando ceticismo sobre os efeitos imediatos da medida. As taxas atualmente variam entre 3,5% e 9%, e há preocupações de que as operadoras possam compensar a redução de taxas por meio do aumento de outras cobranças, como taxas de adesão ou antecipação de crédito. Embora alguns empresários vejam oportunidades para reduzir custos e potencialmente repassar essas economias aos consumidores, a maioria não planeja diminuir os preços imediatamente.

A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador criticou o decreto, alegando que ele pode enfraquecer a fiscalização e inibir a competitividade. Em contrapartida, a Associação Brasileira de Supermercados elogiou a iniciativa, afirmando que ela pode trazer maior previsibilidade e estimular a concorrência. Com a expectativa de uma economia anual de até R$ 7,9 bilhões, o governo aguarda que as mudanças beneficiem não apenas os empresários, mas também os consumidores ao longo do tempo.

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