Pesquisadores da Embrapa Agrobiologia, localizada no Rio de Janeiro, anunciaram o desenvolvimento de um insumo biológico que promete revolucionar a recuperação de solos degradados. Este inoculante foi projetado para atender a 31 espécies florestais leguminosas, ampliando o uso de microrganismos em um processo reconhecido desde a década de 1990.
A inovação surge em um contexto de crescente degradação de solos, resultado de atividades como mineração e ocupação urbana desordenada. Com mais de 800 estirpes de rizóbio isoladas, a Embrapa selecionou duas que demonstraram uma simbiose eficiente com as leguminosas, eliminando barreiras à adoção dessa técnica em larga escala. Segundo os pesquisadores, essa abordagem não só reduz custos, mas também simplifica a logística de produção e aplicação, beneficiando viveiristas e projetos de reflorestamento.
As implicações desse avanço são significativas, pois a técnica já foi testada com sucesso em diversas regiões do Brasil, incluindo a Amazônia e Minas Gerais. Além de contribuir para a sustentabilidade, a tecnologia pode ajudar o país a cumprir metas ambientais estabelecidas, como as do Código Florestal e do Acordo de Paris. Com isso, a Embrapa Agrobiologia se posiciona na vanguarda de soluções ecológicas para a recuperação de áreas degradadas.


