As eleições no Chile, realizadas em 17 de novembro de 2025, revelaram uma polarização acentuada, com a comunista Jeannette Jara e o ultradireitista José Kast disputando um segundo turno. Jara, aliada do presidente Gabriel Boric, obteve 26% dos votos, enquanto Kast ficou com 24%. Essa margem estreita ilustra a divisão do país, que clama por mudanças diante da insatisfação com o governo atual, que enfrenta 60% de desaprovação entre os eleitores.
Jara, filiada ao Partido Comunista, buscou atrair o eleitorado com propostas voltadas para a segurança e subsídios, enquanto Kast, que se inspira em líderes de extrema direita, defende uma postura rigorosa sobre imigração e segurança. O governo de Boric tem enfrentado dificuldades em implementar reformas significativas, resultando em altas taxas de desemprego e crescentes problemas de segurança, que incluem o aumento das taxas de homicídio e o crescimento de gangues estrangeiras no país. A imigração, especialmente de venezuelanos, também se destaca entre os desafios que o Chile enfrenta atualmente.
Com a polarização em alta, o segundo turno entre Jara e Kast se mostra crucial para o futuro político do país. Especialistas alertam que a governabilidade e as instituições democráticas estão em risco, com possibilidade de um legislativo fragmentado. A pesquisa da AtlasIntel indica que Kast pode vencer com uma margem de cinco pontos percentuais, enquanto Jara enfrenta a difícil tarefa de conquistar os indecisos, representando cerca de 13% do eleitorado.


