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Eduardo Bolsonaro defende tarifas dos EUA mesmo após se tornar réu

Sofia Castro
Tempo: 2 min.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está prestes a ser julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) por obstrução de justiça. Apesar de sua situação legal, ele persiste em afirmar que as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos só serão revogadas se o processo judicial contra seu pai, que resultou em uma condenação de 27 anos, for arquivado. Na última sexta-feira, 14, o governo norte-americano anunciou uma redução temporária de 10% nas tarifas de certos produtos, uma medida que foi celebrada pelo governo brasileiro, mas que Eduardo considera insuficiente.

Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos, critica a atuação do governo brasileiro e do Itamaraty, alegando que a ineficiência das autoridades e a falta de transparência nas eleições de 2022 contribuem para a manutenção das altas tarifas. Ele argumenta que a redução de 10% não é uma vitória exclusiva do Brasil, mas sim uma ação que beneficia vários países afetados pela medida. Essa postura, no entanto, parece ir na contramão da opinião pública, que considera suas declarações uma afronta à soberania nacional, resultando em um aumento da rejeição ao bolsonarismo nas pesquisas.

As implicações dessa retórica podem ser significativas para a imagem do parlamentar e para o clã Bolsonaro. Enquanto isso, Jair Bolsonaro enfrenta uma série de derrotas no STF, que culminaram na negativa de recursos de defesa de envolvidos em tentativas de golpe. A insistência de Eduardo em sua narrativa pode afastar eleitores moderados e fortalecer a oposição, especialmente em tempos em que a polarização política no Brasil continua a se intensificar.

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