Na última sexta-feira (31/10), a ouvidora-geral de São Paulo, Camila Marques, e a primeira subdefensora pública geral, Bruna Simões, se envolveram em uma discussão acalorada durante uma sessão do Conselho Superior da Defensoria Pública. O debate centrou-se na falta de transmissão das reuniões do órgão, que deixou de ser transmitido no YouTube no início do ano, levantando questões sobre a transparência nas atividades da Defensoria.
A subdefensora se recusou a dialogar com a ouvidora devido a desentendimentos passados, o que levou Camila a afirmar que a sessão não deveria ser tratada como uma série de entretenimento. As trocas de acusações geraram reações tanto dos presentes na sessão quanto do público que acompanhava a transmissão ao vivo. O Conselho Consultivo da Ouvidoria-Geral, em resposta ao embate, emitiu uma nota solicitando retratação da Defensoria, reforçando a necessidade de diálogo e transparência nas ações do órgão.
Além da solicitação de retratação, o Conselho destacou que a falta de diálogo compromete a defesa dos direitos da população, que deve ser feita de forma aberta e transparente. A Defensoria Pública, por sua vez, reafirmou seu compromisso com a transparência e o diálogo, ao mesmo tempo em que se manifestou contra qualquer forma de violência institucional. Em resposta às críticas, o órgão informou que um novo espaço digital foi criado para divulgar as reuniões, buscando atender à demanda por maior transparência.

