Um recente relatório do Ministério do Trabalho e Emprego revela que as mulheres brasileiras recebem, em média, 21,2% menos que os homens, totalizando uma diferença de R$ 1.049,67 em empresas com mais de 100 funcionários. Apesar das leis que garantem igualdade salarial, a desigualdade persiste, afetando a economia do país e refletindo um modelo social que ainda privilegia os homens em posições de liderança.
A pesquisa, que abrange 19,4 milhões de vínculos trabalhistas, mostra que as mulheres negras enfrentam ainda mais desafios, recebendo 53,3% menos que os homens não negros. Economistas apontam que a desigualdade salarial limita o crescimento da renda nacional e amplia a diferença social de gênero, o que pode levar o Brasil a levar 132 anos para alcançar igualdade plena no mercado de trabalho se a situação atual persistir.
Os especialistas ressaltam a importância de integrar a equidade de gênero na cultura organizacional das empresas, destacando que essa mudança não deve ser apenas uma questão legal, mas uma prática cotidiana. A aplicação eficaz da Lei de Igualdade Salarial e ações de fiscalização mais rigorosas são cruciais para reverter esse quadro, promovendo não só a justiça social, mas também impulsionando a produtividade e a reputação das empresas no mercado.

