Chadi Abu Sidu, um fotojornalista palestino, foi preso em março de 2024 na Cidade de Gaza, sem acusações formais, e enfrentou meses de tortura e falta de contato com seu advogado. Ele faz parte de um grupo de quase 2.000 prisioneiros palestinos detidos sob a legislação israelense que os classifica como ‘combatentes ilegais’, permitindo detenções sem julgamento. Essa situação se agravou após o início do conflito entre Israel e Hamas em outubro de 2023.
Durante sua detenção, Abu Sidu relatou condições desumanas, incluindo tortura física e psicológica, além de restrições severas ao seu direito de defesa. A administração penitenciária israelense, por sua vez, afirma que os direitos dos detidos são respeitados, embora organizações de direitos humanos contestem essa alegação, denunciando a falta de transparência e o tratamento arbitrário dos prisioneiros. A legislação que permite detenções prolongadas sem acusação tem sido alvo de críticas de entidades internacionais, como a Anistia Internacional.
O caso de Abu Sidu destaca a complexidade e a gravidade da situação dos prisioneiros palestinos em Israel, levantando questões sobre a legalidade e a ética das práticas de detenção. A falta de um processo judicial justo e a manutenção de um sistema que permite abusos sistemáticos colocam em xeque o compromisso de Israel com os direitos humanos. A pressão internacional pode ser crucial para promover mudanças significativas nas políticas de detenção e tratamento de prisioneiros na região.


