O Brasil enfrenta uma significativa diferença salarial entre homens e mulheres, com as mulheres recebendo, em média, 21,2% menos que seus colegas masculinos, conforme revelou um relatório recente do Ministério do Trabalho e Emprego. Essa disparidade, que se traduz em uma média de R$ 1.049,67 a menos por mês, persiste apesar das leis que garantem igualdade salarial, evidenciando a necessidade de um enfrentamento cultural do problema.
A pesquisa analisou 19,4 milhões de vínculos trabalhistas, mostrando que a remuneração média das mulheres é de R$ 3.908,76, enquanto a dos homens é de R$ 4.958,43. Embora a presença feminina no mercado de trabalho tenha apresentando um leve avanço, as desigualdades continuam a ter um impacto direto na economia, limitando a circulação de R$ 92,7 bilhões que poderiam ser injetados no sistema econômico se a equidade salarial fosse alcançada.
Economistas alertam que a desigualdade salarial não é apenas uma questão de direitos, mas tem sérias implicações econômicas, como a limitação do crescimento da renda nacional e a ampliação das diferenças sociais. Para especialistas, a transformação desse cenário depende da colaboração entre empresas e o Estado, além da implementação de mudanças culturais que coloquem a equidade como um valor central nas práticas corporativas.

