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Desigualdade racial e de renda afeta conclusão do ensino médio no Brasil

Marcela Guimarães
Tempo: 2 min.

Um estudo realizado pela organização Todos pela Educação concluiu que a taxa de conclusão do ensino fundamental e médio no Brasil melhorou nas últimas décadas, embora a desigualdade permaneça acentuada. A pesquisa comparou dados de 2015 e 2025 e revelou que, enquanto o número de alunos que completaram o ensino fundamental aumentou de 74,7% para 88,6%, o ensino médio subiu de 54,5% para 74,3%. No entanto, ainda existem disparidades significativas entre alunos de diferentes faixas de renda e grupos raciais.

A análise dos dados indica que a renda é o fator mais determinante para a conclusão do ensino médio. A diferença na taxa de conclusão entre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos caiu, mas ainda é considerável, com os mais pobres apresentando uma taxa de conclusão 25% inferior em comparação aos mais ricos. Além disso, a pesquisa identifica diferenças raciais que também impactam as taxas de conclusão, com estudantes brancos e amarelos apresentando resultados significativamente melhores do que seus pares pretos, pardos e indígenas.

Os resultados do estudo sugerem a necessidade de políticas educacionais mais robustas e direcionadas para combater a evasão escolar e garantir a conclusão dos ciclos de ensino. A implementação de políticas de apoio, como complementação de renda e ensino integral, pode ser crucial para melhorar as oportunidades de aprendizado. O estudo ressalta a importância de um diagnóstico preciso das causas do abandono escolar para desenvolver intervenções eficazes, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde a necessidade é mais urgente.

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