A defesa de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), protocolou um pedido de suspeição contra o magistrado no último domingo, 9. O pedido ocorre no contexto de um julgamento que investiga o vazamento de mensagens sigilosas de gabinetes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE, que começou no dia 7 e deve se estender até 14 de novembro. Os advogados de Tagliaferro argumentam que Moraes possui “interesse pessoal” no caso e que isso compromete a imparcialidade do julgamento.
A defesa solicita a suspensão imediata de todos os atos praticados por Moraes no processo, incluindo pedidos de prisão e extradição de Tagliaferro, que atualmente se encontra na Itália. Além disso, é pedida a redistribuição de processos que envolvam os dois, alegando que Moraes atua como “vítima, juiz, investigador, acusador e inquisidor”. As denúncias contra Tagliaferro incluem crimes graves, como violação de sigilo funcional e obstrução de investigação, com alegações de que ele teria vazado informações para obstruir as investigações sobre uma suposta trama golpista.
As implicações desse caso são significativas para o sistema judiciário brasileiro, especialmente em um momento em que a confiança nas instituições é crucial. A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que Tagliaferro atuou em conluio com grupos investigados por disseminar fake news e tentar desestabilizar o sistema democrático. A continuidade deste julgamento e a situação de Tagliaferro poderão influenciar a percepção pública sobre a justiça e a integridade das instituições no Brasil.


