O Congresso dos Estados Unidos, que historicamente ocupou uma posição central no governo federal, enfrenta um significativo declínio de poder. Este fenômeno, que se intensificou nas últimas décadas, é particularmente visível nas ações unilaterais do presidente Donald Trump, como a declaração de tarifas e o recente fechamento do governo. A câmara legislativa, antes predominante, parece ter perdido sua capacidade de controlar o executivo, refletindo uma crise institucional.
Nas décadas de 1970 e 1980, reformas internas e uma crescente polarização ideológica entre os partidos criaram um ambiente onde o Congresso se tornou menos eficaz. A desestruturação das hierarquias tradicionais e a fragmentação do poder legislativo contribuíram para a atual ineficácia da instituição, que se vê incapaz de defender suas prerrogativas. Este deslocamento de poder é evidenciado pela falta de ação legislativa em momentos críticos, como o fechamento do governo e a ausência de um debate significativo sobre intervenções militares.
As implicações desse enfraquecimento do Congresso são profundas, afetando a governança e a democracia nos Estados Unidos. A crescente concentração de poder no Executivo levanta preocupações sobre a integridade do sistema de freios e contrapesos previsto pela Constituição. À medida que o papel do Congresso se redefine, resta saber como os legisladores poderão recuperar sua influência e responsabilidade em um cenário político cada vez mais polarizado.


