A Convenção Europeia dos Direitos Humanos (CEDH) se tornou um ponto de discórdia no Reino Unido, com partidos populistas argumentando que a sua aplicação ameaça a segurança nacional ao proteger imigrantes. Recentemente, uma cena da série da BBC, Blue Lights, destacou a importância da CEDH, que completa 75 anos, ao evidenciar o dever do Estado em proteger a vida, conforme estabelecido no artigo dois da convenção. Este contexto é crucial, pois reflete como a CEDH permeia questões cotidianas e políticas no Reino Unido.
No cenário político de Westminster, a retirada da CEDH emergiu como uma nova bandeira para a direita, que a vê como resposta à migração indesejada. Em outubro, líderes do Partido Conservador, incluindo Kemi Badenoch, expressaram a intenção de sair da convenção caso sejam eleitos. Recentemente, uma proposta simbólica de um membro do Parlamento para a retirada foi rejeitada, mas o movimento da direita continua a buscar transformar essa questão em um tema central, semelhante ao Brexit.
As implicações dessa discussão são significativas para o futuro da política britânica, já que a retirada da CEDH poderia redefinir o relacionamento do Reino Unido com direitos humanos e imigração. A retórica de que a soberania está comprometida enquanto o país faz parte da convenção ressoa entre os apoiadores da direita. Assim, a forma como essa questão se desenrola poderá influenciar não apenas as próximas eleições, mas também a própria estrutura de proteção dos direitos humanos no país.

