A Universidade Federal do Pará (UFPA), localizada em Belém, iniciou no dia 12 de novembro uma série de eventos em paralelo à Cúpula dos Povos. Movimentos sociais e representantes de comunidades tradicionais participaram de uma agenda variada, que incluiu uma manifestação artística liderada pela professora Inês Antônia Santos Ribeiro. O ato, denominado ‘Funeral dos Combustíveis Fósseis’, simbolizou a luta contra os danos ambientais causados por combustíveis fósseis, como petróleo e carvão.
Durante a cerimônia, os participantes se conectaram em um corpo de cobra, representando a Boiuna, uma figura importante da cultura amazônica, que foi utilizada como símbolo da luta contra a crise climática. Inês enfatizou que a arte desempenha um papel crucial na sensibilização sobre os efeitos da destruição ambiental, ressaltando que a crise climática ameaça tanto a natureza quanto as comunidades que habitam a região. A professora também destacou a necessidade de mobilizar a população para a proteção do planeta, utilizando símbolos que falam diretamente ao povo.
A Cúpula dos Povos, que ocorre até 16 de novembro, visa dar voz àqueles que não estão nos espaços de decisão da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). No primeiro dia, um desfile de mais de 200 embarcações, com cerca de 5 mil participantes, marcou a abertura do evento. Especialistas e ativistas discutem temas como transição energética e justiça social, buscando influenciar líderes mundiais nas políticas climáticas.


