Os chilenos vão às urnas neste domingo (16) para a primeira eleição presidencial obrigatória desde 2012, com aproximadamente 15 milhões de eleitores. Pesquisas indicam que os candidatos da direita, em meio a uma crescente preocupação com a segurança, devem enfrentar a governista Jeannette Jara em um provável segundo turno. A crise de segurança e a percepção de aumento da criminalidade, frequentemente associada à imigração, dominam o debate eleitoral.
A campanha eleitoral tem sido marcada por um forte foco na criminalidade, com dados indicando que 53,1% dos chilenos veem a insegurança e o narcotráfico como os principais problemas do país. Um relatório do Ministério Público revela um crescimento alarmante nas taxas de homicídios, passando de 4,2 por 100 mil habitantes em 2016 para 6 em 2024. Esses fatores têm alimentado a onda conservadora e a ascensão de candidatos da direita, que se aproveitam do medo da população para angariar votos.
Analistas acreditam que a insatisfação com o governo de Gabriel Boric, junto à desvinculação da direita com a ditadura de Pinochet, favorece essa nova onda conservadora. Em um provável segundo turno, a pesquisa sugere que Jara perde para qualquer candidato da direita, refletindo uma mudança significativa nas prioridades eleitorais dos chilenos, que agora buscam mais controle sobre a segurança e a imigração. A eleição, marcada pela polarização, poderá ter implicações profundas para o futuro político do Chile.


