A dívida pública do Brasil disparou desde o retorno de Lula ao poder em janeiro de 2023, passando de 71% para 78% do PIB. Com a aprovação de novas despesas pelo Congresso, a situação fiscal do país se deteriora rapidamente, levantando preocupações sobre a capacidade do governo de manter a responsabilidade fiscal. Em 2027, o novo presidente, seja Lula ou outro, enfrentará uma realidade econômica desafiadora, com um cenário de contas públicas em colapso iminente.
O arcabouço fiscal, inicialmente promovido como uma solução para o controle dos gastos públicos, falhou em cumprir suas promessas. Segundo a Instituição Fiscal Independente, cerca de 150 bilhões de reais foram gastos fora das regras estabelecidas, e novas exceções continuam a surgir, como a recente retirada de 30 bilhões de reais em gastos com Defesa. Essa fragilidade das normas fiscais gera desconfiança entre investidores e impede o Banco Central de reduzir a taxa de juros, atualmente em 15% ao ano.
Sem uma reforma abrangente e uma revisão rigorosa dos gastos, o Brasil caminha para um abismo financeiro. A proposta de um programa de transporte gratuito, que pode custar 90 bilhões de reais ao ano, ilustra a falta de espaço fiscal e a necessidade urgente de ajustes. O próximo presidente terá que enfrentar essa herança problemática e buscar soluções eficazes para estabilizar as contas públicas antes que a situação se torne insustentável.

