A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Senado, que investiga os desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cancelou a sessão agendada para esta segunda-feira, 17 de novembro de 2025. O ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jucimar Fonseca da Silva, apresentou um atestado médico, enquanto o empresário Thiago Schettini obteve um habeas corpus que lhe permitiu não comparecer. Ambos os casos levantam preocupações sobre a transparência e a responsabilidade na investigação em curso.
Durante a sessão, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) enfatizou a importância da presença de Jucimar, já que ele havia defendido a reativação de convênios com entidades suspeitas de desvio de recursos. A ausência desses depoimentos pode atrasar a elucidação dos critérios técnicos utilizados para validar esses convênios e se houve auditorias apropriadas antes da aprovação dos descontos. A CPMI enfrenta, assim, um desafio significativo em sua missão de investigar e responsabilizar os envolvidos em possíveis fraudes.
Os desdobramentos desta situação são preocupantes, especialmente considerando que a Polícia Federal já prendeu o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em uma operação relacionada a descontos não autorizados em aposentadorias. Além disso, investigações sobre o ex-ministro do Trabalho e Previdência Social e outros parlamentares estão em andamento, colocando em evidência um esquema que pode afetar milhões de aposentados e pensionistas. A continuidade da CPMI será crucial para garantir a responsabilização dos envolvidos e a proteção dos direitos dos beneficiários do INSS.


