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CPMI do INSS: Relator busca investigar blindagem de aliados do governo

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O deputado federal Alfredo Gaspar, relator da CPMI do INSS, anunciou sua intenção de romper a blindagem que, segundo ele, protege figuras ligadas ao governo, como o irmão do presidente Lula e um assessor do presidente do Senado. A partir das próximas sessões, Gaspar pretende cobrar publicamente a convocação dessas pessoas, cujos nomes surgiram nas investigações sobre um esquema de desvio de 4 bilhões de reais das aposentadorias. Essa estratégia visa pressionar os parlamentares que, de acordo com ele, estão obstruindo o progresso das investigações.

Gaspar também planeja reapresentar requerimentos que já foram rejeitados em votações anteriores, com a esperança de que a pressão pública leve a um avanço na apuração. Ele destacou que a comissão, instalada em agosto, já realizou mais de 20 oitivas e recebeu 200 gigabytes de documentos, mas ainda não conseguiu aprofundar-se além do que a Polícia Federal já havia descoberto. A resistência enfrentada se deve, segundo Gaspar, a articulações políticas que promovem a proteção de certos indivíduos envolvidos nas fraudes.

O relator expressou sua frustração ao afirmar que a blindagem está sendo promovida por parlamentares de esquerda e do Centrão, sugerindo que a falta de coragem para convocar figuras influentes compromete o trabalho da CPMI. Gaspar mencionou especificamente os casos de Paulo Boudens e Frei Chico, enfatizando como a falta de ação tem impedido a transparência e a verdade sobre o esquema de fraudes no INSS. O futuro da comissão depende, portanto, da capacidade de romper essa proteção política e avançar nas investigações.

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