CPI e proposta de lei sobre facções agitam Congresso e tensionam governo

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A segurança pública se tornou o centro das disputas políticas entre governo e oposição no Congresso Nacional. Nesta terça-feira, o Senado deu início à CPI do Crime Organizado, enquanto a Câmara se prepara para votar um projeto que classifica facções criminosas como organizações terroristas, em um contexto de crescente pressão sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

A CPI, proposta pelo senador Alessandro Vieira, tem potencial para causar desgaste ao governo, já que a oposição busca usar o colegiado como um palanque político. A investigação ocorre em meio à repercussão de uma operação policial no Rio de Janeiro, que resultou em um número recorde de mortos e intensificou o debate sobre segurança pública. A base governista, por sua vez, tenta reverter a composição da CPI para evitar um desfecho desfavorável, como aconteceu em uma CPI anterior relacionada ao INSS.

Paralelamente, a Câmara busca aprovar um projeto de lei que amplia a Lei Antiterrorismo para incluir facções criminosas, o que pode resultar em penas mais severas. Essa proposta, apoiada pela oposição, visa fortalecer as ferramentas legais contra o crime organizado, enquanto o governo tenta promover um projeto alternativo que não utilize a classificação de terrorismo. O desenrolar desses eventos pode moldar o cenário político no Brasil e intensificar o debate sobre a segurança nacional.

Compartilhe esta notícia