A CPI do Crime Organizado foi oficialmente instalada no Senado na última semana, após um longo processo que durou quase nove meses. Composta por 18 membros, incluindo o presidente Fabiano Contarato e o relator Alessandro Vieira, a comissão surgiu em resposta a uma operação policial no Rio de Janeiro que resultou em 117 mortes, a mais letal da história do estado.
A Polícia Legislativa do Senado foi acionada para realizar uma análise de risco individualizada dos integrantes da CPI, visando identificar eventuais ameaças. Embora, até o momento, não tenham sido encontrados sinais de alerta, a segurança dos parlamentares pode ser reforçada caso situações suspeitas sejam detectadas. O senador Sergio Moro, um dos membros, já foi alvo de um plano de sequestro orquestrado por uma facção criminosa, destacando a seriedade das ameaças enfrentadas.
Além de investigar a atuação das organizações criminosas, a CPI também se propõe a apurar casos de corrupção e extorsão nas forças policiais. A instalação do colegiado e as medidas de segurança demonstram a preocupação com a integridade dos membros frente a um contexto de violência crescente e a influência das facções sobre o sistema político e financeiro do país.


