A CPI do Crime Organizado, que será instalada no Senado na próxima terça-feira, suscita preocupação entre assessores do presidente Lula. Eles consideram que essa nova comissão pode representar um desafio maior para o governo do que a CPMI do INSS, devido ao potencial de utilização política pela oposição. A expectativa é que a CPI traga à tona questões delicadas relacionadas à segurança pública, um tema sensível para o atual governo.
Ministros e assessores do Palácio do Planalto avaliam que a situação é mais crítica porque, ao contrário da CPMI do INSS, onde o governo conseguiu atenuar os danos ao ressarcir as vítimas, a CPI do Crime Organizado poderá ter um impacto mais profundo na percepção pública. A segurança pública é uma preocupação central, considerando que afeta diretamente o eleitorado de Lula. Com isso, o governo planeja articular sua estratégia no Congresso para enfrentar os desafios impostos pela nova CPI.
Diante desse cenário, o governo Lula irá mobilizar suas principais figuras políticas para acompanhar de perto o desenrolar da CPI e defender seus interesses. Além disso, o PT busca a presidência da comissão, indicando o senador Fabiano Contarato como candidato. Essa movimentação reflete a urgência do governo em controlar a narrativa e minimizar os riscos associados a uma CPI que pode ser explorada pela oposição.

