Em 5 de novembro de 2025, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, uma medida amplamente esperada pelos analistas de mercado. Com essa decisão, a taxa real de juros no Brasil aumentou 0,23 ponto percentual, passando de 9,51% para 9,74%, o que impacta diretamente os consumidores e as empresas no país.
O economista Jason Vieira, da Lev Intelligence, explica que essa elevação na taxa real de juros é resultado da expectativa de queda nas projeções de inflação. Segundo o Boletim Focus, a inflação projetada para 2025 recuou para 4,55%, embora ainda esteja acima do teto da meta. As estimativas para 2026 e 2027 também foram reduzidas, sugerindo uma tendência de alívio no futuro, mas o Banco Central reafirma sua intenção de manter os juros altos até que as expectativas se alinhem ao centro da meta de 3%.
Apesar da melhora nas projeções de inflação, o Brasil continua a ter a segunda maior taxa real de juros do mundo, superado apenas pela Turquia. Essa situação ressalta a complexidade da política monetária brasileira, que busca equilibrar o combate à inflação com a necessidade de fomentar o crescimento econômico. As próximas reuniões do Copom serão cruciais para definir o rumo da taxa Selic e suas implicações para a economia nacional.

