No dia 5 de novembro de 2025, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, uma medida unânime que surpreendeu o mercado pela firmeza do comunicado. Apesar de algumas melhorias nas projeções de inflação, o Copom enfatizou a necessidade de cautela devido à incerteza econômica global, especialmente relacionada à política dos Estados Unidos.
O comunicado evidenciou que, embora a inflação esteja abaixo da meta, os riscos permanecem elevados, exigindo uma política monetária restritiva por um período prolongado. O Copom afirmou que não hesitará em retomar o ciclo de alta de juros, caso necessário, o que indica que juros acima de 15% ainda estão em consideração, contrariando as expectativas de uma possível suavização.
A postura assertiva do Copom levanta preocupações entre economistas sobre o impacto da política fiscal e as incertezas globais na economia brasileira. Os analistas preveem que as próximas leituras de inflação e atividade econômica serão cruciais para determinar se haverá espaço para cortes nos juros em 2026, em um cenário já desafiador para o mercado.

