O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano na reunião de 5 de novembro de 2025. A decisão, esperada por analistas, reflete a postura do BC em manter os juros elevados até que as expectativas de inflação se alinhem com a meta de 3%. Essa taxa foi alcançada em junho de 2025, e desde então, o Copom não alterou os juros, mesmo diante de um cenário econômico aquecido.
As projeções de inflação ainda estão acima da meta estabelecida, com o mercado antecipando um IPCA de 4,20% para 2026 e 3,80% para 2027. A política monetária, que normalmente leva meses para mostrar resultados na economia, faz com que o Copom se preocupe mais com o futuro do que com a situação imediata. O governo, por sua vez, tem intensificado as críticas à condução da política monetária pelo BC, liderado por Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem se posicionado como porta-voz dessas críticas, defendendo a necessidade de uma revisão na taxa Selic. Durante um evento em São Paulo, Haddad expressou que, se fosse diretor do BC, votaria pela redução da Selic. A situação atual levanta discussões sobre o equilíbrio entre a política monetária e as necessidades econômicas do país, destacando a tensão entre o governo e a autarquia financeira.