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COP30: Povos Indígenas Reivindicam Papel Central na Ação Climática

Sofia Castro
Tempo: 2 min.

Na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em 2025, representantes indígenas de sete regiões socioculturais se reuniram para debater a integração de seus conhecimentos e prioridades nas ações climáticas globais. O presidente da conferência, André Corrêa do Lago, enfatizou a transformação na percepção do Brasil em relação aos direitos dos povos originários, após anos de políticas inadequadas.

O secretário executivo da UNFCCC, Simon Stiell, ressaltou que a saúde da Terra e dos povos está interligada, e que a participação indígena deve ser ampliada em todos os processos climáticos. Ele também defendeu a aplicação de direitos indígenas e a necessidade de incorporar suas cosmovisões nos indicadores de ação climática. Durante o evento, representantes de diferentes regiões, incluindo a Ásia e a América Latina, alertaram sobre a vulnerabilidade e a necessidade de reconhecimento legal para a proteção dos territórios indígenas.

As intervenções destacaram que a contribuição dos povos indígenas é essencial e não apenas simbólica, defendendo que onde há titulação de terras, a taxa de desmatamento é significativamente menor. Fani Cuídu Castro, da América Latina, pediu acesso direto ao financiamento climático, ressaltando que atualmente menos de 1% dos recursos chega a esses grupos. As demandas por autodeterminação e consentimento livre ainda permanecem no centro das reivindicações para um futuro sustentável.

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