Líderes globais se reúnem no Brasil para a Cop30, a primeira Conferência do Clima da Amazônia, em um momento crítico para o futuro ambiental do planeta. Embora tenha havido 30 anos de cúpulas da ONU, cerca de metade das emissões de dióxido de carbono desde a Revolução Industrial ocorreu após 1990, ano em que o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas divulgou seu primeiro relatório, alertando sobre os riscos do aquecimento global. Essa situação levanta questões sobre a eficácia das políticas atuais e a necessidade urgente de ação.
A cientista climática Dr. Joëlle Gergis, da Universidade de Melbourne, destaca que a preparação para o sétimo relatório do IPCC é ofuscada por interesses políticos. Apesar das boas intenções, as medidas adotadas até agora têm sido insuficientes para reduzir substancialmente as emissões e limitar as mudanças climáticas perigosas. A crescente frustração com a ineficácia das abordagens atuais exige uma reavaliação das estratégias em vigor.
As implicações dessa realidade são profundas, pois a falta de ação efetiva pode levar a consequências catastróficas para o meio ambiente e a sociedade. O encontro no Brasil representa uma oportunidade de redefinir compromissos e ações concretas para enfrentar a crise climática. Entretanto, a persistência de uma abordagem tímida pode comprometer ainda mais a eficácia das negociações internacionais sobre o clima.

