Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), representantes indígenas de diversas regiões do mundo se reuniram para reivindicar uma maior consideração de seus conhecimentos e prioridades na luta contra as mudanças climáticas. Na abertura do evento, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, ressaltou a importância dos povos originários e a transformação da postura do Brasil em relação a essas questões, reconhecendo erros do passado.
Os discursos, incluindo o do secretário executivo da UNFCCC, Simon Stiell, reforçaram que a saúde do planeta está intrinsecamente ligada à saúde das comunidades. Stiell enfatizou a necessidade de implementar efetivamente os direitos e as cosmovisões indígenas na ação climática, além de garantir a participação ativa dos povos indígenas em todos os processos da COP, defendendo o consentimento livre, prévio e informado.
As reivindicações foram reforçadas por representantes de diferentes regiões, que alertaram sobre a vulnerabilidade enfrentada pelos povos indígenas devido à falta de reconhecimento legal de seus direitos. A representante da América Latina, Fani Cuídu Castro, destacou a contribuição estrutural dos povos indígenas na preservação ambiental e pediu acesso direto a financiamento, apontando que onde os territórios indígenas são titulados, o desmatamento cai significativamente, evidenciando a importância de sua inclusão nas políticas climáticas.


