A COP30, a cúpula da ONU sobre mudanças climáticas, ocorreu em Belém, Brasil, e foi marcada por um acordo frágil que não atendeu às principais demandas de muitos países. Embora tenha sido estabelecido um compromisso para que nações ricas triplicassem seus investimentos em adaptação climática, a proposta de redução do uso de combustíveis fósseis enfrentou forte resistência, principalmente de países árabes ricos em petróleo.
Durante a cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a necessidade de um acordo sobre um ‘mapa do caminho’ para avançar em promessas anteriores. Contudo, a ausência dos Estados Unidos nas negociações e o bloqueio por parte de nações dependentes de combustíveis fósseis resultaram na criação de um plano voluntário, que muitos consideraram insuficiente. A falta de metas obrigatórias e compromissos mais ambiciosos para a redução de emissões gerou descontentamento entre os participantes, que esperavam um avanço significativo na luta contra as mudanças climáticas.
O evento também destacou a importância da unidade global nas negociações climáticas, mas deixou muitos participantes insatisfeitos com a falta de um plano claro para cumprir promessas anteriores, como a meta de desmatamento zero até 2030. Com um financiamento florestal de aproximadamente US$ 9,5 bilhões anunciado, muitos ainda se sentiram ignorados em suas demandas. A COP30 concluiu com um sentimento de urgência sobre a necessidade de reformas nas negociações climáticas, frente à crescente resistência em abordar a questão dos combustíveis fósseis de forma efetiva.

