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COP30: Divisão entre países ricos e pobres marca debate sobre clima

Eduardo Mendonça
Tempo: 2 min.

Durante a COP30, em Belém (PA), países ricos enfatizam a necessidade de mitigar as mudanças climáticas, concentrando-se na redução das emissões de gases do efeito estufa. Em contraste, nações em desenvolvimento, lideradas pela Índia, demandam um aumento significativo no financiamento para adaptação às mudanças climáticas, buscando garantir que suas vozes sejam ouvidas nas discussões. A conferência, que se estende ao longo de várias semanas, já apresenta divisões claras entre os interesses dos países envolvidos.

Os países em desenvolvimento, como os do Grupo Africano e LDCs, argumentam que o compromisso de 300 bilhões de dólares anuais proposto pelos países ricos é insuficiente e exigem que o financiamento para adaptação seja triplicado até 2030. A discordância sobre os critérios para o uso desses fundos representa um obstáculo significativo, com nações desenvolvidas hesitando em assumir novas obrigações financeiras. O Brasil, atuando como mediador, defende um equilíbrio entre mitigação e adaptação, enfatizando a importância de ambos os aspectos no combate às mudanças climáticas.

O sucesso da COP30 dependerá da capacidade dos participantes em chegar a um consenso sobre os indicadores de adaptação e a continuidade das discussões sobre financiamento. O embaixador André Correia do Lago reafirma a prioridade da adaptação na agenda do evento, refletindo uma mudança de foco que pode influenciar as políticas climáticas futuras. A busca por uma transição justa e sustentável permanece central nas negociações em andamento, destacando a urgência da situação climática global.

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