A COP30, realizada em Belém, Brasil, destaca a crescente pressão sobre governos e lideranças empresariais para transformar promessas climáticas em ações tangíveis. Em um ano marcado por desastres naturais e tensões políticas, as promessas de redução das emissões globais indicam uma queda projetada de 12%, mas ainda insuficiente para conter o aquecimento abaixo de 1,5°C. A urgência das demandas climáticas se torna cada vez mais evidente, à medida que investidores avaliam a viabilidade das metas de descarbonização frente a crises econômicas.
As mudanças no comportamento corporativo refletem uma nova realidade em que a transparência e a responsabilidade se tornaram essenciais para a competitividade no mercado. Muitos CEOs estão se comprometendo com metas mais ambiciosas e adotando práticas de descarbonização mais rigorosas. No entanto, a disparidade na implementação de tais compromissos levanta preocupações sobre a credibilidade das promessas feitas, especialmente em setores com altas emissões, como aviação e indústria química.
O futuro dos compromissos climáticos corporativos dependerá de sua capacidade de resistir a crises econômicas e de se alinhar a um sistema regulatório robusto. O cenário global atual, com mudanças políticas e pressões de mercado, poderá testar a verdadeira eficácia das promessas. A disposição do setor privado em perseverar e acelerar suas ações climáticas será crucial para enfrentar os desafios impostos pela ciência, que exige ações mais rápidas e eficazes contra as mudanças climáticas.


