Os organizadores brasileiros da COP30 implementaram um plano inusitado para finalizar as discussões sobre os principais temas do evento até esta noite, antecipando-se em dois dias ao cronograma habitual. A ativista climática mexicana, Maria Reyes, que participa do evento, expressou sua frustração com a intensa militarização ao redor do encontro, afirmando que isso prejudica o direito da sociedade civil de se manifestar.
Reyes, integrante da Aliança de Jovens Radicais Não-Governamentais, comentou que esta é a COP mais militarizada que já presenciou, ressaltando que a expectativa da comunidade latino-americana era de um espaço mais aberto e acessível. Ela criticou a resposta do Brasil à organização deste evento, que, segundo ela, não demonstra preparo para acolher a sociedade civil internacional e suas reivindicações.
A ativista espera que tanto as autoridades da ONU quanto as brasileiras reconsiderem a abordagem militarizada que têm adotado, pois isso contraria os princípios de abertura e diálogo que têm sido promovidos nos últimos anos. O sucesso da COP30 poderá ser avaliado não apenas pela conclusão de acordos, mas também pela capacidade de garantir a voz dos cidadãos durante o evento.


