Nesta segunda-feira (17), ministros de Estado de quase 160 países chegam a Belém para a fase política da COP30, após uma semana inicial que trouxe desafios e impasses nas negociações. A expectativa é que a presença de líderes ajude a destravar acordos, especialmente em relação ao financiamento climático, considerado um dos principais pontos de resistência nas discussões entre nações ricas e vulneráveis.
O Brasil busca colocar o financiamento e a adaptação no centro da agenda, propondo um Pacote de Adaptação que visa aumentar a resiliência a eventos climáticos extremos. No entanto, os negociadores enfrentam divisões significativas sobre a escala de recursos e a necessidade de doações, em vez de empréstimos, para atender às demandas das nações mais afetadas pelas mudanças climáticas. As tensões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento sobre metas de descarbonização também são um tema central nas conversas.
Com a chegada dos ministros, a presidência brasileira espera que as negociações ganhem impulso e que um ambiente político favorável facilite a aproximação de posições. Apesar das expectativas, diplomatas alertam que as divergências estruturais ainda persistem, e o resultado final da conferência pode depender da capacidade dos países em dialogar e ceder em pontos críticos como financiamento e compromissos climáticos.