Congresso Debate Segurança Pública e CPI de Facções Criminosas

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A segurança pública volta a ser um tema central nas disputas políticas no Brasil, com a instalação da CPI do Crime Organizado pelo Senado e a proposta de classificação das facções como organizações terroristas na Câmara dos Deputados. Esta movimentação acontece em um contexto de crescente pressão sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente após uma operação policial que resultou em 121 mortes no Rio de Janeiro.

A CPI, proposta pelo senador Alessandro Vieira, é dominada pela oposição e busca investigar a atuação de facções e milícias. A tentativa da oposição de eleger Flávio Bolsonaro como presidente da CPI reflete a intenção de usar o colegiado como um palanque político, reforçando um discurso de endurecimento contra o crime. Ao mesmo tempo, a base governista tenta reverter a composição da comissão para evitar um desfecho semelhante ao da CPI do INSS.

Paralelamente, a Câmara dos Deputados se prepara para votar um projeto que classifica facções criminosas como terroristas, o que aumentaria as penas e a colaboração internacional no combate a esses grupos. O governo, por sua vez, propõe uma alternativa que não usa o termo terrorismo, argumentando que isso poderia abrir espaço para intervenções estrangeiras. Assim, o debate sobre segurança pública se intensifica, com desdobramentos que podem impactar a estabilidade política e social no país.

Compartilhe esta notícia