O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, em sua terceira reunião consecutiva, manter a taxa Selic em 15% ao ano. A decisão, unânime entre os diretores do comitê, era antecipada por agentes do mercado financeiro, que observam a inflação acima da meta estabelecida de 3%. A reunião foi liderada pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado pelo governo atual.
O Copom visa controlar a inflação, que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), alcançou 5,17% em setembro, bem acima do limite tolerável. Apesar das pressões por cortes na taxa de juros, os diretores indicados pelo governo não votaram a favor de uma redução. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que há espaço para cortes, mas enfrenta uma resistência do Copom e dos analistas do mercado que projetam inflação elevada.
A manutenção da Selic em 15% traz incertezas sobre o futuro econômico do Brasil, especialmente em um contexto de crescimento das expectativas inflacionárias. Com a meta de inflação mantida em 3% até 2024, a divergência entre as projeções do governo e do mercado pode complicar a política monetária. A situação levanta questões sobre a eficácia das decisões do Copom e a capacidade do governo de influenciar a trajetória da inflação no país.

