A Colômbia defende um plano que permitiria ao presidente venezuelano Nicolás Maduro entregar o poder a um governo de transição, com o objetivo de evitar uma possível intervenção militar dos Estados Unidos. A proposta, apresentada pela ministra das Relações Exteriores, Rosa Villavicencio, sugere que Maduro poderia sair do cargo sem enfrentar consequências legais, caso a transição fosse liderada por outra figura política. Essa abordagem é considerada uma alternativa mais pacífica em comparação a um ataque militar iminente dos EUA.
A proposta de transição já está circulando entre diplomatas em Washington e Caracas, mas enfrenta desafios significativos. Villavicencio destacou que, embora Maduro possa estar inclinado a aceitar a proposta, o líder venezuelano ainda não expressou publicamente nenhuma disposição para fazê-lo. Além disso, a falta de diálogo direto entre o governo colombiano e Maduro levanta dúvidas sobre a viabilidade do plano e sua aceitação pela oposição venezuelana.
As implicações de um acordo desse tipo podem ser amplas, especialmente considerando as tensões atuais entre os Estados Unidos e a Venezuela. A Colômbia, tradicional aliada dos EUA, tem sua credibilidade questionada após o descontentamento nas relações bilaterais. Um plano de saída seguro para Maduro, se bem-sucedido, poderia evitar uma crise humanitária e um novo êxodo de migrantes, mas requer apoio sólido de todos os envolvidos na política venezuelana.

