Uma clínica que se apresenta como um espaço de massoterapia na Asa Norte, Brasília, esconde um esquema de serviços sexuais disfarçado. O ambiente, que deveria ser um refúgio de bem-estar, transforma-se em um local onde ‘terapeuta’ adquire um novo e polêmico significado, oferecendo serviços que vão muito além do que a massoterapia tradicional pode oferecer.
Os detalhes do funcionamento do local revelam um planejamento cuidadoso para manter a discrição. Com acesso restrito e uma recepcionista que apresenta os ‘serviços’ de forma direta, o estabelecimento atrai principalmente clientes da Esplanada dos Ministérios, oferecendo ‘rapidinhas’ durante o horário comercial. Essa fachada levanta importantes questões sobre a deslegitimação da prática terapêutica e os riscos envolvidos na saúde física e mental dos usuários.
A utilização do termo ‘terapeuta’ em um contexto sexual não apenas engana clientes, mas também descredibiliza profissionais de saúde legítimos. Especialistas alertam que essa apropriação indevida pode levar a fraudes e riscos à saúde, uma vez que o termo é usado para driblar fiscalizações e conferir uma falsa legitimidade aos serviços prestados. A situação exige uma reflexão crítica sobre os limites éticos e legais da profissão em Brasília.


