Um cientista no Japão, Tomoyasu Horikawa, desenvolveu uma técnica que utiliza inteligência artificial e exames cerebrais para converter imagens mentais em descrições textuais. O estudo foi publicado em 5 de novembro de 2025 na revista Science Advances e representa um avanço significativo na tradução de pensamentos visuais em linguagem. A tecnologia, que se baseia na atividade cerebral de participantes assistindo a vídeos, promete abrir novas possibilidades para a comunicação.
O método, conhecido como ‘legendagem mental’, combina a atividade cerebral registrada com modelos de IA para gerar textos descritivos. Horikawa analisou a atividade cerebral de seis participantes que visualizaram 2.180 videoclipes, utilizando algoritmos que interpretam os dados cerebrais em sequências numéricas. Embora essa técnica ofereça a promessa de ajudar pessoas com afasia e outras dificuldades de comunicação, especialistas alertam para a necessidade de abordar as implicações éticas associadas à privacidade mental.
O avanço tecnológico levanta preocupações sobre a possibilidade de decodificar pensamentos privados, o que requer um manejo cuidadoso e consentimento explícito dos envolvidos. O impacto dessa inovação pode ser significativo, especialmente para pessoas com dificuldades de comunicação, mas a aplicação prática ainda enfrenta limitações que precisam ser superadas. A discussão sobre privacidade e ética no uso dessa tecnologia é fundamental para garantir que seu potencial seja explorado de maneira responsável.