O Brasil se destaca no cenário internacional em relação à emissão de carbono no setor da construção civil, com apenas 5,3% das emissões totais oriundas desse segmento. Luiz França, CEO da Abrainc, destacou esses dados em entrevista ao CNN Money, ressaltando que o país apresenta uma matriz energética composta por 85% de energia limpa, o que contribui para seu desempenho favorável. Em comparação, a média de emissão per capita em outros países chega a 3 toneladas de CO2, enquanto o Brasil registra 0,43 toneladas.
O conceito de cidades planejadas surge como uma solução viável para a diminuição das emissões de carbono. A introdução de uso misto em áreas urbanas, que combina diferentes faixas de renda, tem o potencial de reduzir significativamente o tempo de deslocamento e, consequentemente, as emissões. Além disso, o planejamento eficiente das construções, com foco em aspectos como insolação e posicionamento de janelas, contribui para a diminuição da necessidade de climatização artificial, resultando em menor consumo de energia e emissões.
Durante a COP30, realizada em Belém, um acordo foi firmado entre o Ministério das Cidades e o setor de incorporação, visando unir esforços para a redução das emissões. O setor financeiro também tem desempenhado um papel importante, oferecendo financiamentos imobiliários verdes que incentivam a construção sustentável. Apesar do avanço já observado, especialmente no setor cimenteiro brasileiro, ainda há espaço para melhorias na redução das emissões, evidenciando a necessidade de um compromisso contínuo com a sustentabilidade.


