A crise diplomática entre China e Japão se intensificou após declarações da líder japonesa, Sanae Takaichi, que sugeriu que um ataque chinês a Taiwan poderia resultar em uma resposta militar por parte de Tóquio. Em resposta, ambos os países convocaram seus embaixadores para discutir a situação, que se agravou na última quinta-feira, com protestos formais de Pequim contra as afirmações de Takaichi.
O Ministério da Defesa da China respondeu contundentemente, alegando que a intervenção japonesa em Taiwan resultaria em uma “derrota esmagadora” para Tóquio. O porta-voz do ministério, Jiang Bin, classificou as declarações de Takaichi como irresponsáveis e perigosas, ressaltando o compromisso da China em proteger sua soberania. Esse cenário marca a primeira convocação de um embaixador japonês por Pequim em mais de dois anos, refletindo a gravidade das relações bilaterais.
As implicações dessa crise vão além de uma simples troca de palavras, pois revelam uma crescente preocupação com a segurança regional e a postura militar do Japão. O recente debate sobre a aquisição de submarinos nucleares pelo Japão representa uma possível mudança em sua política de defesa, gerando receios em Pequim. Essa situação exige atenção, pois pode afetar a dinâmica de poder no Pacífico e as relações entre as duas nações nos próximos meses.


