Cessar-fogo em Gaza não impede escalada da violência na Cisjordânia

Rodrigo Fonseca
Tempo: 1 min.

Um mês após o cessar-fogo na Faixa de Gaza, a Cisjordânia enfrenta um aumento alarmante na violência, com 264 ataques registrados em outubro, segundo a ONU. A situação se deteriora em meio a ações de colonos judeus que invadem cidades e destroem plantações de oliveiras, essenciais para a subsistência local. A Autoridade Palestina, já enfraquecida, observa impotente o agravamento do conflito em seu território.

O governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, é criticado por permitir que a radicalização dos colonos avance sem controle. Grupos da ultradireita pressionam para que a violência continue, em um cenário que ameaça as conversas sobre um eventual Estado palestino. Apesar da promessa de Netanyahu de punir os agressores, apenas uma em cada vinte investigações resulta em ações concretas, gerando ceticismo na população.

Se os planos de expansão territorial de Israel forem implementados, os palestinos podem ficar isolados em bolsões sem comunicação entre si, prejudicando ainda mais suas esperanças de autonomia. A escalada de violência demonstra que a paz duradoura na região continua como um objetivo distante, enquanto os conflitos se perpetuam e a intervenção internacional se mostra insuficiente para estabilizar a situação.

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