Durante o Web Summit em Lisboa, o CEO da Cloudflare, Matthew Prince, acusou o Google de usar sua posição monopolista no mercado de buscas para coletar conteúdo da internet sem compensação. Ele declarou que essa prática prejudica editoras e o ecossistema digital, ao afirmar que o Google agora envia apenas um visitante para cada 20 páginas rastreadas, em contraste com o passado. Prince também pediu que a Alphabet, controladora do Google, inicie um pagamento justo por esse conteúdo, enfatizando a necessidade de devolver algo ao ecossistema digital.
Prince ressaltou que as grandes empresas de IA, como OpenAI e Anthropic, estão coletando dados em grande escala, o que pode levar a um colapso do modelo de negócios da internet, especialmente para criadores de conteúdo e pequenas empresas. Ele também alertou que os editores que tentam bloquear o rastreamento de IA do Google podem se ver prejudicados em termos de visibilidade e monetização, devido ao controle que a empresa exerce sobre a infraestrutura de anúncios. O CEO fez um apelo por uma mudança no modelo de negócios, que atualmente favorece apenas o Google.
Em resposta às alegações, o Google defendeu que seu tráfego de referência permanece estável e que oferece opções para desativar o rastreamento sem afetar a visibilidade dos sites. Contudo, Prince argumentou que essa situação demonstra um grave abuso de monopólio, uma vez que o Google utiliza sua dominância nas buscas para se beneficiar na área de inteligência artificial. A questão levanta preocupações sobre o futuro do conteúdo digital e a sustentabilidade econômica para os criadores de conteúdo.


