O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, afirmou que o Brasil deve adotar uma postura de defesa sul-americana em resposta à crise na Venezuela, especialmente diante das operações militares dos Estados Unidos na região. Em suas declarações, Amorim ressaltou a importância de manter o equilíbrio e proteger as fronteiras brasileiras frente a possíveis desdobramentos de um conflito próximo. Ele argumentou que a discussão não se trata de um tema distante, mas sim de uma realidade que impacta diretamente o país.
Amorim destacou que o Brasil, com fronteiras compartilhadas com dez países, tem um interesse vital em garantir a estabilidade na América do Sul. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja viajar à Colômbia para discutir essa questão em uma cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), que ocorrerá no próximo domingo. A viagem ocorrerá em meio a preocupações sobre como a crise na Venezuela pode afetar as relações comerciais e políticas da região.
As declarações de Amorim e a viagem de Lula refletem a crescente tensão nas relações entre os Estados Unidos e a Venezuela, com implicações diretas para a política externa brasileira. O governo teme que a abordagem militar dos EUA possa complicar ainda mais as negociações comerciais e afetar a estabilidade na região. Assim, o Brasil busca um papel ativo em buscar soluções pacíficas e solidárias para a crise venezuelana.

