O embaixador Celso Amorim, assessor especial da Presidência, afirmou que o Brasil deve se posicionar favoravelmente à defesa sul-americana diante da crise na Venezuela, ressaltando a necessidade de proteger as fronteiras do país. Amorim fez suas declarações em um evento na quinta-feira, destacando que a situação não é apenas uma questão geopolítica, mas um risco iminente devido à proximidade do conflito.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem planos de viajar à Colômbia para discutir a crise na cúpula de líderes da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia. A viagem está programada para o dia 8 de novembro, e a questão da Venezuela será o foco central das discussões, conforme afirmado por integrantes do Palácio do Planalto. Lula já havia expressado preocupações sobre a escalada do conflito e sugerido a criação de um espaço de mediação com o governo de Nicolás Maduro.
As implicações dessa situação são significativas, pois a tensão entre os EUA e a Venezuela pode afetar as relações comerciais e políticas na região. O governo brasileiro teme que o assunto contamine as discussões sobre tarifas comerciais que estão programadas para serem retomadas. Nesse cenário, a postura do Brasil pode influenciar as dinâmicas de segurança e cooperação na América do Sul, especialmente em relação à política externa americana e suas operações militares na região.