Os dados do Kantar Ibope revelam que 78% da audiência dos canais de notícias no Brasil vem da classe AB, o que indica uma concentração significativa do público mais rico do país. Nesse contexto, a representatividade de apresentadores negros nos telejornais continua a ser alarmantemente baixa, mesmo com os avanços na diversidade no jornalismo. Essa lacuna destaca questões importantes sobre a inclusão e a igualdade racial na mídia brasileira.
Apesar dos esforços em prol da diversidade, a realidade das telas ainda não reflete a pluralidade da sociedade brasileira. A presença reduzida de negros como apresentadores pode perpetuar estereótipos e limitar a compreensão de uma ampla gama de vozes e experiências. Essa situação levanta questionamentos sobre o compromisso dos canais de notícias com a equidade racial e a verdadeira representação de seu público.
As implicações dessa falta de diversidade são profundas, afetando não apenas a percepção pública, mas também a credibilidade das instituições de mídia. À medida que a sociedade clama por mais inclusão, os canais de notícias enfrentarão crescente pressão para diversificar suas equipes. A mudança não é apenas desejável, mas essencial para uma cobertura jornalística que realmente represente a complexidade do Brasil contemporâneo.


