A votação do “PL Antifacção” está marcada para esta quarta-feira, 12, na Câmara dos Deputados. Relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), o projeto será apreciado em regime de urgência, e sua aprovação é considerada provável. Entretanto, a oposição está determinada a tentar reintegrar a equiparação entre facções criminosas e organizações terroristas, um ponto que foi excluído da versão mais recente da proposta.
As negociações em torno da votação são intensas, com o governo, a oposição e o Centrão disputando o conteúdo e a autoria do projeto. Na noite anterior à votação, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se manifestou ao lado de Derrite, defendendo o projeto e respondendo críticas sobre as versões anteriores que previam mudanças na legislação de combate ao terrorismo. Motta também refutou alegações do governo sobre o projeto, reafirmando a intenção de proteger a soberania do país e a atuação da Polícia Federal.
As alterações feitas por Derrite também refletem pressões do governo, que busca assumir a paternidade da proposta. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), destacou que o governo considera uma vitória a retirada de pontos que eram inegociáveis. Com o tema do combate ao crime organizado sendo uma preocupação crescente entre os eleitores, as implicações desse projeto podem impactar significativamente as futuras eleições, especialmente em 2026.