Na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, uma petição para forçar a votação sobre a divulgação dos arquivos de Jeffrey Epstein ganhou a assinatura final necessária na quarta-feira, 12 de novembro. A deputada Adelita Grijalva, do Arizona, foi a responsável pela 218ª assinatura, permitindo que a proposta avance para discussão na próxima semana. A medida visa obrigar o Departamento de Justiça a tornar públicos os documentos relacionados ao caso do empresário condenado por crimes sexuais, que morreu em 2019 enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual de menores.
O presidente da Câmara, Mike Johnson, anunciou a votação, embora a medida enfrente desafios significativos para se tornar lei. A aprovação no Senado, atualmente sob controle republicano, e um possível veto do ex-presidente Donald Trump podem inviabilizar a proposta. Além disso, democratas da Câmara já divulgaram mais de 20 mil documentos que incluem comunicações de Epstein, onde ele menciona Trump e revela alegações sobre seu conhecimento de abusos.
As implicações da divulgação dos arquivos podem ser profundas, tanto em termos de responsabilização quanto de repercussões políticas. A advogada de uma das vítimas de Epstein destacou que os sobreviventes foram mantidos no escuro por décadas e pediu a divulgação integral dos documentos. Enquanto isso, Trump se defendeu, alegando que os democratas estão usando o caso para desviar a atenção de problemas mais urgentes, como a paralisação do governo.