Na quinta-feira, 20 de novembro, o presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos, manteve o PL Antifacção na pauta de votação, mesmo com a semana encurtada pelo feriado da Consciência Negra. A proposta, originalmente do governo, foi modificada pelo deputado Guilherme Derrite, escolhido como relator. No entanto, as alterações não agradaram a maioria dos parlamentares, levando a um clima de incerteza sobre a votação.
Na última semana, Derrite apresentou quatro versões do texto, que foram criticadas pela base governista e pela oposição. A ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, defende o adiamento da votação, priorizando a PEC da Segurança, que ainda tramita na comissão especial. O governo argumenta que o projeto de Derrite contém elementos que podem prejudicar a atuação da Polícia Federal no combate ao crime organizado.
Além das preocupações do governo, a oposição também busca postergar a votação, visando retomar discussões sobre a equiparação das facções com organizações terroristas. Enquanto isso, outras pautas importantes permanecem sem andamento na Câmara, com o governo pressionando pela aprovação de propostas que penalizam inadimplentes fiscais. A situação atual do PL Antifacção reflete a complexidade do debate sobre segurança pública no país.


