Na Câmara dos Deputados, o relator Guilherme Derrite apresentou uma nova versão do projeto antifacção, que poderá ser votada nesta quarta-feira, 12 de novembro de 2025. A proposta original previa a equiparação de crimes organizados a atos de terrorismo, mas, após forte oposição, Derrite optou por retirar essa parte e não alterar as atribuições da Polícia Federal.
A nova versão do projeto propõe a criação de uma lei ordinária que endurece as penas para crimes organizados, prevendo multas de 20 a 40 anos de prisão. Essa mudança, articulada com líderes partidários e o presidente da Câmara, Hugo Motta, visa evitar brechas que poderiam comprometer a soberania do país, uma preocupação expressa por aliados do governo.
O recuo de Derrite foi interpretado como uma vitória pela base governista, que temia as implicações da proposta anterior. O líder do governo na Câmara, José Guimarães, e a ministra Gleisi Hoffmann destacaram a importância de manter a integridade da Polícia Federal e o foco no combate ao crime organizado, sem comprometer a segurança nacional.