Nesta semana, 24 das 30 comissões permanentes da Câmara dos Deputados deliberaram sobre emendas ao projeto do Orçamento de 2026, resultando em um acréscimo total de R$ 85,5 bilhões. Os parlamentares poderão apresentar emendas até o dia 13 de novembro, abrangendo emendas individuais, de bancadas estaduais e de comissões. O relator-geral do Orçamento, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), terá a responsabilidade de definir como esses recursos serão alocados.
As emendas de comissões são fundamentais para atender a interesses regionais e setoriais. O governo não incluiu recursos para essas emendas na proposta orçamentária inicial, alegando que não são impositivas. De acordo com consultorias da Câmara e do Senado, o valor necessário deveria ser de R$ 12,1 bilhões, considerando a atualização pela inflação, o que gera preocupações sobre a viabilidade de atender às demandas apresentadas.
A aprovação das emendas representa um passo importante para fortalecer áreas como saúde, educação e infraestrutura, com ênfase em projetos voltados para o desenvolvimento regional. No entanto, houve discussões sobre a transparência do processo, com alguns parlamentares questionando a falta de divulgação prévia das pautas. A expectativa é que as negociações continuem intensas até a finalização do Orçamento, refletindo a diversidade de interesses presentes no Legislativo.

